quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Aqueles Girassóis

---

Como eles, somos nós.
Em dias grandes... solares!
Em dias dependentes... mutáveis!
Aqueles girassóis que também somos.
Naquele amarelo... naquela vida, viva.
Naquele sentimento, exagero, sem companhia.
Na fonte, na ponte, no laço e no aço.
Que esqueçamos o medo, o triste, o bucólico.
Que nos abramos em graça, sorridentes, amarelos.
Graça!




"O girassol é o grande filho do sol. Tanto que sabe virar sua enorme corola para o lado de quem o criou. Não importa se é pai ou mãe. Não sei. Será o girassol flor feminina ou masculina? Acho que masculina."
(Clarice Lispector - Água Viva)


---

"Um girassol sem sol, um navio sem direção. Apenas a lembrança do seu sermão, você é meu sol! Um metro e sessenta e cinco de sol e quase o ano inteiro os dias foram noites, noites para mim. Meu sorriso se foi, minha canção também. Eu jurei por Deus, não morrer por amor e continuar a viver. Como eu sou um girassol, você é meu sol!" 
(Ira - O Girasso, Composição: Eduardo Scandurra)



---

A lembrança da letra da música, “O Girassol” da Banda de Rock Ira, com um trechinho do livro, “Água Viva” escrito por Clarice Lispector sempre tão inspiradora, provocaram uma fusão de sentimentos e idéias, comecei a refletir sobre os sentimentos e relacioná-los como a figura do Girassol (Helianthus annuus).

Vamos Viver!

Forte Abraço,
Diogo G. Brandão

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Oh, Criança!


Tenho muito de criança ainda, mas de uma criança “crescida”, uma criança que esperou e a fantasia não aconteceu, uma criança que tem muitos amigos verdadeiros e todos eles são imaginários, uma criança que sonhou, mas que sofreu em níveis desproporcionais, uma criança que aprendeu, que multiplicou e se tornou sozinha para melhor se entender. Sim, ainda sou essa criança que se ilude com a cobertura do bolo, que fica triste ao ver que ainda existem moradores de rua e que sabe o poder que tem dentro de si. E admito é bom ser essa criança que mudou, que no berro construiu sua voz ativa, que hoje toma porres homéricos, que se permite fumar alguns cigarros, que aprendeu que nem todos são tão bonzinhos quanto aparentam ser. Quer saber? A criança Cresceu! E os traços do homem nada mais são do que marcas, dessa inexorável evolução dos dias.
"A vida já não é mais tão segura/ E nada mais te acalma/
Oh, crianças mas isso é só o fim."
(Só o fim - Pitty - Composição: Marcelo Nova)

Vamos Viver!

(Dedicado a amiga Paula Caroline, afinal ela também se ilude com a cobertura do bolo.)

Forte Abraço,
Diogo G. Brandão

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

TELEPHONE


"Stop calling, stop calling, I don't wanna think anymore.
I leave my head and my heart on the dance floor"
(Telephone - LG)

"Pare de ligar, pare de ligar,eu não quero mais pensar,
Deixei minha cabeça e meu coração na pista de dança..."


Que se explodam os telefones, as ligações, os compromissos, as dívidas, os amores e os cornos, enfim... Acredito que merecemos ser felizes ao menos um dia, um instante ou uma música na pista de dança. Devemos praticar ao menos uma vez, o descarrego de toda essa velharia que carregamos nas costas, ao longo dos nossos dias cinza. É preciso VIVER intensamente os segundos que nos restam, afinal a vida é tão bela que um dia morre.  

--
Nem sou muito ligado no trabalho da Lady G. Mas devo reconhecer que esse trecho da música “Telephone” é sensacional. Fiquei  muitos dias com essa tradução na cabeça, e cada vez mais essas poucas se revelam oponentes. 

Vamos Viver!

Forte Abraço,
Diogo G. Brandão

Estúpido Jogo


Eu já ouvi 50 receitas/Pra te esquecer
Que só me lembram/Que nada vai resolver
(50 Receitas - Leoni)
Eu voltei aqui depois de tudo,
Não sei se é coragem ou tanto faz.
Mas eu sei que muito disso me pertence,
E as lembranças e pedaços não saem mais.
Assim vou me perdendo,
Nos braços de quem não me faz.
Vou encontrando sua presença em tudo.
Tudo aquilo que não me deixa em paz.
São tuas mãos, teus beijos e tua face,
E os teus olhos que sempre querem mais.
Nesse estúpido jogo do meu imaginário.
Onde te recrio... E mais uma vez... Fico em paz.

Vamos Viver!

Forte Abraço,
Diogo G. Brandão